terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A fisiologia da cor


Pegando no final do último post uma pequena explicação da fisiologia da cor. A luz entra pelo olho humano através da córnea pela pupila. Em função da maior ou menor quantidade de luz, os músculos da íris contraem-se ou expandem-se para controlar essa mesma entrada. Funciona basicamente como um diafragma de uma máquina fotográfica :). Depois essa luz que é admitida é captada por 3 elementos refractores: o humor aquoso, o cristalino e o humor vítreo. É na parte posterior do olho que encontramos camadas de células especializadas que formam a retina. A camada mais importante deste sistema para o reconhecimento cromático é composta por fotoreceptores denominados de bastonetes (rods) e cones (que referi no post anterior) numa proporção de 16:1.


Mas afinal o que são e para que servem esses fotoreceptores?
Ora os bastonetes são responsáveis pela visão não cromática e em condições de baixa luminosidade, com eles temos a  percepção das dimensões, forma e brilho das imagens visuais, embora produzindo uma imagem desfocada, pouco precisa e, como referido, acromática.
Os cones estão relacionados com a visão em condições de boa luminosidade e a cores e existem três tipos de cones. O tipo de pigmento que possuem, e a gama de comprimentos de onda de luz que absorvem, divide-os em L, M e S (long, middle e short wavelength) pois absorvem nas gamas do vermelho, verde e azul respectivamente (cores primárias).

Foi o físico inglês Thomas Young que, em 1801, avançou com a teoria tricromática e que dizia que todas as sensações de cor eram formadas pela reacção dos 3 comprimentos de ondas electromágneticas presentes nos cones.

São os dois pigmentos acima referidos, cones e bastonetes, que transmitem mensagens electroquímicas ao córtex visual do cérebro através do nervo óptico que depois as converte em imagens com forma, volume, escala, cor...

Mas concentrando-nos na cor, a leitura cromática é feita por impulsos que células ganglionárias associadas aos cones criam. Os mesmos têm frequências variadas na visão, destinguindo eficazmente o vermelho do verde, o azul do amarelo e o branco do negro, inibindo um e activando o outro.
Se pegarmos por exemplo na cor violeta, esta surge da activação lumínica dos cones vermelhos e inibição dos verdes em conjunto com a activação dos azuis por inibição dos amarelos. Por isso é que na percepção cromática não existe a cor vermelho esverdeado nem a cor azul amarelado.

O gráfico traduz a absorvância de cada tipo de cone em função do comprimento de onda da luz. É de notar que os cones L e M tem uma grande região de sobreposição.

1 comentário: