sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Temperatura de cor

Medir a qualidade da luz permite-nos uma perfeita reprodução cromática que é possível aplicar a todas as fontes de iluminação. Costumamos falar de luz fria ( quando o predomínio é dos azuis e dos verdes) ou de luzes cálidas (predomínio de vermelhos). Do ponto de vista técnico a tonalidade da luz que irradia as fontes de iluminação se conhece pela sua temperatura de cor.

A cor que percebemos depende da temperatura de cor das fontes de iluminação que iluminam a cena observada. Quanto mais elevada é a temperatura de cor de uma luz, maior percentagem de azuis terá. As luzes de baixa temperatura, pelo contrário terão uma alta percentagem de radiações vermelhas.

As modernas câmaras electrónicas estão desenhadas para que esta saída cromática ao trabalhar com diversas luzes seja equilibrada, controlada electronicamente (White balance)

Normalmente utilizamos variadas fontes capaces de produzir luz. A listagem seguinte corresponde as que se utilizam com regularidade nos trabalhos de vídeo e televisão

Luz de um dia nublado 6.000/7000 ºK

Luz de um dia com o céu limpo 5.500 º K

Luz incandescente de halógeneo 3200 ºK

Luz incandescente doméstica 2000 ºK

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Mistura Aditiva na Impressão de Imagens

Quando olhamos para uma imagem impressa, verificamos que observando mais próximoa cor que vimos a uma distância maior esta é na realidade composta por pequenos pontos de duas ou mais cores, mas como a nossa visão não consegue vê-los, mistura as cores dos pontos resultando assim numa outra.

Vejamos como exemplo um quadrado cor de laranja com pequenos pontos violeta), se fecharmos ligeiramente os olhos conseguimos ver um tom próximo do magenta. A cor é obtida pela mistura óptica do violeta com o laranja – mistura aditiva.

O cinzento, como exemplo na figura abaixo, resulta da mistura óptica dos minúsculos pontos magenta azul ciano e amarelo e ainda do fundo branco como mostra a ampliação ao lado.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Mistura adictiva

A mistura aditiva acontece quando se consegue obter a mistura dos raios luminosos refractados (as sete cores do espectro solar) produzindo assim a cor branca. O facto de uma cor resultar da soma de outras, não perdendo as suas qualidades, é que dá o nome a esta mistura.

A síntese aditiva resulta numa mistura de luzes coloridas, que constituem o espectro visível. Por exemplo se projectarmos num ecrã branco, luz verde e luz vermelha temos como resultado a cor amarela e se ainda sobrepusermos o azul dá o branco.

A tirulo de curiosidade os impressionistas utilizaram abundantemente as leis do contraste simultâneo da decomposição óptica da luz. Eles usaram as cores puras, por justaposição, que misturadas e observadas a uma certa distância provocam uma exaltação da luminosidade em termos óptico.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O camaleão - Absorve luz mas a camuflagem é só por acaso

A mudança de cor tem um papel importante na comunicação durante lutas entre camaleões: as cores indicam se o oponente está assustado ou furioso. Acidentalmente, a mudança de cor pode ajudar na camuflagem do animal, embora esta não seja uma ocorrência frequente, e sim ocasional.

Os camaleões possuem células especializadas em duas camadas sob a sua pele externa transparente. As células na camada superior, chamadas decromatóforas, contém pigmentos amarelos e vermelhos. Abaixo das células cromatóforas há outra camada e células: as guanóforas, que contém uma substância cristalina e incolor (a guanina). Os guanóforos refletem, entre outras, a cor azul da luz incidente. Se a camada superior de cromatóforas for amarela, a luz refletida torna-se verde (azul + amarelo). Uma camada de pigmento escuro (melanina) contendo melanóforos está situada ainda mais profundamente, abaixo das guanóforas refletoras de luz azul e branca. Estes melanóforos influenciam o brilho e a claridade da luz refletida. Todas essas diferentes células pigmentares podem relocar seus pigmentos, influenciando assim a cor da luz que é refletida.

domingo, 24 de janeiro de 2010

O que dizem as cores

Boa noite. Hoje mais do que palavras aconselho vivamente que visitem o site color in motion é impossível descreve-lo. Muito interessante e divertido. COLOR in MOTION

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

ColorAdd® system – A luz ganha forma

O ColorAdd® system foi desenvolvido pelo designer Miguel Neiva para permitir que aqueles que sofrem de diferentes tipos de daltonismo identifiquem facilmente as cores, e que lhes permite interagir com segurança em situações onde a cor desempenha um papel fundamental como na navegação, a referência e organização.

Código do Desenvolvimento
Cada cor primária do código está associada a três formas que representam o vermelho, amarelo e azul, a
partir desses três que o código é desenvolvido.
 






Isso permitirá que o indivíduo que simplesmente ligar as cores e sua subsequente divisão em diferentes cores, sem esforço memorização, através da mistura de formas simples, combinadas com as combinações cromáticas elementar.


O código





Cores especiais



Aplicações




Hospitais





Navegação/Transportes





Escola



Um sistema fantástico que vai simplificar a vida a muita gente mesmo os que não são daltónicos. :)
Mais um sucesso nacional, PARABÉNS!

Saibam mais sobre o projecto no site: www.coloradd.net

sábado, 16 de janeiro de 2010

Espectros contínuos e descontínuos

Para simplificar passemos a explicar estes dois tipos de espectros.
A luz solar, designada luz branca por conter todas as radiações visíveis, como já vimos anteriormente e é emitida devido às reacções nucleares que ocorrem no Sol. No entanto, nem só as reacções nucleares produzem emissão de luz. A combustão no ar do propano e do butano (de uso doméstico conhecido) produz também emissão de luz visível, de que nos apercebemos pela chama. Muitas outras combustões são também acompanhadas da emissão de luz visível, como é o caso da combustão do magnésio numa lâmpada de flash

Há ainda emissão de luz quando as substâncias se tornam incandescentes, como o tungsténio, que constitui o filamento das lâmpadas eléctricas vulgares. A passagem da corrente eléctrica no fio de tungsténio produz um aquecimento neste, tornando-o incandescente, pelo que emite luz .Como o espectro obtido provém da emissão de luz pelo filamento de tungsténio, ele é designado espectro de emissão. No espectro da luz visível ou no espectro de emissão de uma lâmpada de incandescência, as várias cores sucedem-se umas às outras sem qualquer ruptura, estabelecendo-se uma transição gradual entre as várias cores. Um espectro deste tipo é denominado espectro contínuo, porque corresponde a um conjunto de radiações que se sucedem sem interrupção.

Nem todos os espectros são, no entanto, contínuos. Quando a emissão de luz não se processa em todas as frequências, abrangendo apenas algumas, isto é, com interrupções entre elas, diz-se que o espectro respectivo é um espectro descontínuo. Se a gama de frequências que comporta é relativamente larga, seguindo-se uma zona escura, o espectro é designado espectro de bandas. Mas, por vezes, os espectros descontínuos apenas apresentam algumas riscas coradas, separadas por largas zonas escuras. Nesse caso, o espectro diz-se um espectro de riscas.





(A) Espectro de emissão do sódio;
(B) Espectro de luz solar, sendo visível a absorção na banda amarela perto de 6000 A devido ao sódio (1 °A –10 m).

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Os 5 tipos de espectros

Existem 5 tipos de espectros de luz: os contínuos de emissão, de emissão de riscas, contínuos de absorção, de absorção de riscas e por fim o de bandas.
  • Espectros Contínuos de Emissão | Obtém-se quando a luz proveniente da fonte luminosa incide directamente sobre o dispersor do espectroscópio e são formados por uma sucessão de cores 
  • Espectros de Emissão de Riscas | O método utilizado é análogo ao anterior e é formado por uma série de linhas aparentemente irregulares. São típicos dos átomos.
  • Espectros Contínuos de Absorção | A radiação atravessa uma substância absorvente antes de atingir o dispersor do espectroscópio. Obtém-se uma sucessão contínua de comprimentos de onda ;
  • Espectros de Absorção de Riscas | A radiação atravessa um absorvente e no registo aparecem linhas monocromáticas irregularmente repartidas ;
  • Espectros de Banda| Podem ser tanto de emissão como de absorção e apresentam uma sucessão de intensidade decrescente de zonas luminosas alternadas com espaços escuros. São típicos das moléculas excitadas por radiações que não chegaram a dissociar-se.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A luz que é vista como verde

Durante anos pensou-se que o prisma criava cores por alterar a luz branca mas Isaac Newton contrariou essa ideia pois foi o primeiro a reconhecer que o prisma não alterava mas sim dispersava a luz branca. Por isso reconheceu que a luz branca é constituída por todas as cores do espectro visível.


O homem percepciona o branco como uma vasta mistura de frequências normalmente com energias semelhantes em cada intervalo de frequências. Sendo assim pode definir-se "luz branca" uma mistura de muitas cores do espectro  sem que nenhuma predomine especialmente. Assim sendo muitas  distribuições diferentes podem parecer brancas uma vês que não somos capazes de analisar a luz em frequência através do olhar do mesmo modo que por exemplo o ouvido consegue analizar o som.

Para concluir a cor não é uma propriedade da luz mas sim uma manifestação electroquímica do sistema sensorial (olhos, nervos, cérebro). Logo se fosse-mos rigorosos diríamos, por exemplo, "a luz que é vista como verde" e não "luz verde".

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A fisiologia da cor


Pegando no final do último post uma pequena explicação da fisiologia da cor. A luz entra pelo olho humano através da córnea pela pupila. Em função da maior ou menor quantidade de luz, os músculos da íris contraem-se ou expandem-se para controlar essa mesma entrada. Funciona basicamente como um diafragma de uma máquina fotográfica :). Depois essa luz que é admitida é captada por 3 elementos refractores: o humor aquoso, o cristalino e o humor vítreo. É na parte posterior do olho que encontramos camadas de células especializadas que formam a retina. A camada mais importante deste sistema para o reconhecimento cromático é composta por fotoreceptores denominados de bastonetes (rods) e cones (que referi no post anterior) numa proporção de 16:1.


Mas afinal o que são e para que servem esses fotoreceptores?
Ora os bastonetes são responsáveis pela visão não cromática e em condições de baixa luminosidade, com eles temos a  percepção das dimensões, forma e brilho das imagens visuais, embora produzindo uma imagem desfocada, pouco precisa e, como referido, acromática.
Os cones estão relacionados com a visão em condições de boa luminosidade e a cores e existem três tipos de cones. O tipo de pigmento que possuem, e a gama de comprimentos de onda de luz que absorvem, divide-os em L, M e S (long, middle e short wavelength) pois absorvem nas gamas do vermelho, verde e azul respectivamente (cores primárias).

Foi o físico inglês Thomas Young que, em 1801, avançou com a teoria tricromática e que dizia que todas as sensações de cor eram formadas pela reacção dos 3 comprimentos de ondas electromágneticas presentes nos cones.

São os dois pigmentos acima referidos, cones e bastonetes, que transmitem mensagens electroquímicas ao córtex visual do cérebro através do nervo óptico que depois as converte em imagens com forma, volume, escala, cor...

Mas concentrando-nos na cor, a leitura cromática é feita por impulsos que células ganglionárias associadas aos cones criam. Os mesmos têm frequências variadas na visão, destinguindo eficazmente o vermelho do verde, o azul do amarelo e o branco do negro, inibindo um e activando o outro.
Se pegarmos por exemplo na cor violeta, esta surge da activação lumínica dos cones vermelhos e inibição dos verdes em conjunto com a activação dos azuis por inibição dos amarelos. Por isso é que na percepção cromática não existe a cor vermelho esverdeado nem a cor azul amarelado.

O gráfico traduz a absorvância de cada tipo de cone em função do comprimento de onda da luz. É de notar que os cones L e M tem uma grande região de sobreposição.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

A eterna questão "Porque é que o céu é azul?"

O céu envia-nos por dia cerca de 10% da luz do Sol. Se olharmos para o céu e sentirmos o seu brilho isso deve-se à difusão da luz pelas moléculas da atmosfera, ou seja estamos apenas a ver os raios de luz do sol que foram desviados de tal modo que ficam direccionados para os nossos olhos.

Sendo a luz branca do Sol composta de todas as cores do espectro visível (vai desde o vermelho ao violeta) ao atingir a atmosfera são as de menor comprimento de onda que são  o azul e o violeta. No fundo esta difusão funciona como uma peneira deixando passar as de maior comprimento de onda. (FIG1)

“(...)Quando um fotão de comprimento mais curto encontra uma molécula da atmosfera, ressalta numa outra direcção. Os fotões vermelhos, laranjas, amarelos e verdes tendem a conseguir continuar em frente. E cada fotão que ressalta volta a encontrar outras moléculas e pode ressaltar de novo numa outra direcção. E acabam por chegar ao solo da Terra vindos «de todo o lado», de direcções aleatórias. Por isso, para qualquer lado que olhemos, vemos fotões azuis. (…)”

Mas se também difunde o violeta, que é a luz visível de menor comprimento de onda, porque é que o céu não é dessa cor?
Em primeiro lugar há menos violeta na luz do sol. Mas na realidade o que se passa é que os nossos olhos não têm nenhuns sensores sensíveis a essas cores.  O nosso sistema constrói as cores com base em 3 tipos de receptores de cor – os cones – uns são mais sensíveis aos vermelhos, outros aos azuis e outros aos verdes. (FIG2) Esta é a razão.

sábado, 9 de janeiro de 2010

A cor é uma sensação

Por este príncipio quantos tons de verde existem no mundo? Ao limite tantos quanto os habitantes do planeta. :)