terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O impressionismo – teoria da luz e a percepção da cor

A pintura impressionista esteve inteiramente ligada à vida citadina moderna, e às impressões sensoriais dos seus autores. Assim, praticaram um repertório constituído por paisagens, por figuras humanas e lazeres citadinos, e o mesmo interesse pela dura realidade, parcial e sensível, que é a luz dos efeitos sobre a natureza, as pessoas e os objectos.

Contributos notáveis para uma nova representação foram: a fotografia, que introduziu na pintura novas perspectivas como a vista aérea; as estampas japonesas que levaram o pintor a uma execução menos precisa, devido ao seu linearismo e modelação sem volumetria; às descobertas científicas no campo da óptica, da percepção e da cor, pondo em prática os estudos efectuados por Chevrreul, Maxwell e Young; e às descobertas técnicas como a invenção das cores em tubo, permitindo alterações nas aplicações directas das mesmas.

A pintura impressionista capta o instante humano, fugaz e fugidio, em constante mutação, e por isso é fluida e aérea.

Tecnicamente é caracterizada pela:
● Justaposição, na tela, de pinceladas pequenas, nervosas, em forma de vírgula ou interrompidas, executadas com grande rapidez;
● Utilização radical de cores puras, fortes e vibrantes, retiradas directamente dos tubos.

Estas eram aplicadas de acordo com as leis das complementares, onde a fusão dos tons era nos olhos do espectador.

Esta técnica veio permitir a captação dos efeitos da luz do sol e da sua atmosfera, permitindo a dissolução da forma, da superfície e do volume do objecto, fazendo desaparecer quase por completo, a corporeidade do mesmo, pondo em evidência os jogos crus e frios da luz e das iluminações que nos livraram das velhas noções de claro escuro.

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